O entrevistado desse mês começou sua carreira na década de 80 como técnico na área engenharia costeira e oceanografia.
Pós-doutor pela Universidade da Flórida, fundou a empresa ASA no Brasil (em parceria com a ASA Americana), especializada em Ciências Aplicadas com foco em modelagem hidrodinâmica e de transporte de poluentes e atuou como CEO dela até 2012 quando a Tetra Tech a adquire. Hoje, Eduardo Yassuda é presidente da Tetra Tech América do Sul e tem o desafio de liderar um time de quase 400 colaboradores e conduzir um negócio que em 2020 e 2021 esteve entre as 5 unidades de maior crescimento anual na Tetra Tech Global.
Você é um dos maiores especialistas em modelagem hidrodinâmica da Tetra Tech. Como esses modelos colaboram nas soluções que ofertamos para os mercados de mudanças climáticas, óleo e gás e engenharia costeira?
Por meio da modelagem numérica é possível reproduzir as condições existentes nos ecossistemas e avaliar virtualmente os impactos das ações antrópicas sobre eles. Desta forma, os modelos ajudam a testar melhores soluções para prevenir, minimizar e ou remediar esses impactos.
De que forma a Tetra Tech América do Sul Lidera com Ciência nos mercados de portos, hidrovias e costas?
Nossa empresa se destaca nos mercados em que atuamos por apresentar soluções inovadoras e de melhor custo-benefício para os problemas mais diversos de nossos clientes. Somos One Tetra Tech – a única empresa do mercado capaz de atuar em todo o ciclo do projeto.
Você iniciou sua carreira como técnico e hoje atua em um cargo de gestão. Como foi essa transição em sua vida profissional?
Esse é um dilema muito frequente nas áreas de engenharia e consultoria, e eu migrei entre estas duas áreas por várias vezes. Iniciei minha carreira na Du Pont, que considero a melhor escola de gestão e HSE do mundo. Depois voltei para a universidade para obter meu mestrado e doutorado atuando estritamente na área técnica. Morei nos EUA por 10 anos, trabalhando em desenvolvimento de modelos numéricos (área técnica) e gerenciamento de projetos (gestão). Quando voltei ao Brasil, para iniciar uma nova empresa, que o desafio do empreendedorismo me fez focar 100% da minha atuação nas áreas de gestão e comercial. Hoje, na Tetra Tech América do Sul eu sinto muita falta de poder atuar na área técnica, principalmente em projetos de Engenharia Costeira em que vejo um grande potencial para nossos serviços.
A Tetra Tech América do Sul cresceu exponencialmente nos últimos anos tornando-se a única empresa brasileira capacitada a atuar desde a concepção até operação de um projeto. Quais são seus planos para os próximos 5 anos da Tetra Tech na América do Sul?
Em 2012 quando decidimos nos unir a Tetra Tech, a grande dúvida era perder o poder de decisão na sua pequena empresa versus expandir o horizonte de atuação para fornecer soluções ambientais integradas em projetos grandes e complexos. Hoje, tenho a certeza de que fizemos a escolha certa. A Tetra Tech América do Sul é uma empresa excepcional. Nossa equipe de profissionais jovens e talentosos tem tudo para ajudar esta região do mundo a ser um local sustentável, justo e harmonioso. É um plano bem audacioso, mas tenho total confiança no nosso time.
Você é um maratonista apaixonado por corrida de rua. Existe alguma prova que você ainda não realizou? Qual será o desafio dela?
Interessante você trazer este tema, pois existem vários artigos mostrando os efeitos colaterais para quem corre maratonas. Você não acorda um dia e diz: “hoje vou correr uma maratona”. A decisão de correr uma maratona exige estratégia, planejamento e, sobretudo, perseverança e compromisso com a execução. Ou seja, todos os atributos de um PM (Project Manager) bem sucedido.
Em 2007 eu já tinha corrido várias maratonas, mas decidi que iria me preparar para correr as chamadas “5 Majors”. Em 2011, corri a maratona de Londres e completei o meu plano. Só que no fim de 2013 inventaram uma “six major” e o pior era em Tóquio! Em 2015, eu fui para o Japão e me tornei o 5º brasileiro a ganhar a grande medalha por ter completado as “Six Majors” (Nova York, Chicago, Boston, Berlim, Londres e Tóquio).